quinta-feira, 21 de outubro de 2010

Uma guerra está acontecendo!

A Bíblia nos afirma que todos os que estão em Cristo vivem constantemente numa guerra. E, esta guerra é travada todos os dias que acordamos e decidimos servir a Deus com seriedade. Esta guerra acontece porque fomos atingidos pela desobediência, pelo pecado de um homem (Gênesis 3). A afirmação paulina comprova o estado de cada um de nós - “Todos pecaram”.

A natureza pecaminosa faz parte de uma herança que nunca vai nos deixar em paz. Segundo teólogo John Piper, nosso maior inimigo não é o diabo, mas a nossa natureza decaída. Nosso maior inimigo reside dentro de nós. Não foi acidental a declaração de Paulo em Efésios 6 quando fala de uma armadura e, armadura se usa em guerra – “Portanto, tomai toda a armadura de Deus, para que possais resistir no dia mau e, havendo feito tudo, ficar firmes. Estai, pois, firmes, tendo cingidos os vossos lombos com a verdade, e vestida a couraça da justiça; E calçados os pés na preparação do evangelho da paz; Tomando sobretudo o escudo da fé, com o qual podereis apagar todos os dardos inflamados do maligno. Tomai também o capacete da salvação, e a espada do Espírito, que é a palavra de Deus; Orando em todo o tempo com toda a oração e súplica no Espírito, e vigiando nisto com toda a perseverança e súplica por todos os santos...”
Sem dúvida, é uma guerra contra nós mesmos, isto é, nossa natureza decaída. Em hipótese alguma devemos levantar a bandeira da paz ao pecado. Levantar bandeira branca é abrirmos mão das armaduras de Deus e abraçarmos a vulnerabilidade. Portanto, desistir de lutar é potencializar as conseqüências na nossa vida. Desistir de lutar é colocar em perigo as nossas vidas.
Declarar guerra ao nosso pecado é parte de nossa missão no mundo – Precisamos continuar guerreando contra nós mesmos. Quem disse que ser discípulo de Cristo seria fácil estava bastante equivocado.

Algumas pessoas de forma até mesmo leviana tentam responsabilizar totalmente o diabo por alguns deslizes. É bem verdade que o diabo não se cansa de agir na vida daqueles que decididamente procuram servir a Deus. Vejamos o que diz Tiago no capítulo 1: 14 e 15 - Mas cada um é tentado, quando atraído e engodado pela sua própria concupiscência. Depois, havendo a concupiscência concebido, dá à luz o pecado; e o pecado, sendo consumado, gera a morte. Cada um é tentado de acordo com a sua cobiça.
Só existe a possibilidade da tentação por causa dos nossos desejos pecaminosos. O diabo não vai trabalhar naquilo que não desejamos. O diabo não vai trabalhar naquilo que somos resistentes. Ele vai trabalhar e estimular exatamente naquilo que somos frágeis. Ele vai trabalhar na nossa natureza pecaminosa.
Precisamos declarar guerra sem trégua – Não podemos levantar a bandeira da paz em nenhum momento da nossa vida. Não podemos se quer fazer acordo de paz por mais breve que seja. Esta luta é permanente e exigirá de cada um de nós disposição para enfrentá-la. Diz o texto de Efésios 6:19 – “Orando em todo o tempo com toda a oração e súplica no Espírito, e vigiando nisto com toda a perseverança e súplica por todos os santos...”
Queridos, não há tempo para brincadeiras espirituais quando nossa alma está em jogo. Não há tempo a perder quando se trata de eternidade. Não há tempo a perder quando o que está em jogo é a nossa vida. O diabo nunca vai desistir de nós porque existe algo que está a seu favor - Nossos desejos pecaminosos. Por isso, precisamos ter disposição para crucificar os nossos desejos.
Devemos lutar até a morte, se for preciso. Devemos oferecer uma resistência inabalável, porque esta guerra é por toda a nossa existência no mundo, ela só terá fim quando finalmente estivermos nos braços daquele que venceu o pecado, isto é, na eternidade.


Pense nisto!


Pr Valmir Vasconcelos

quarta-feira, 22 de setembro de 2010

Os filhos de Deus

10 - Ele estava no mundo e o mundo foi feito por meio dele, mas o mundo não o reconheceu.
11 - Veio para o que era seu e os seus não o receberam.
12 - Mas a todos que o receberam deu o poder de se tornarem filhos de Deus: aos que crêem em seu nome.
Antes de comentarmos algo a respeito do texto, precisamos destacar alguns pontos importantes para elucidação do livro deste evangelho. João é bastante claro quando fala do seu propósito em Jo 20:30 e 31 que diz: “...muitos outros sinais, que não se acham escritos neste livro. Esses, porém, foram escritos para crerdes que Jesus é o Cristo, o Filho de Deus, e para que, crendo, tenhas vida em seu nome. Ainda no verso 12 existe um reforço sobre sua proposta – “Mas a todos que o receberam deu o poder de se tornarem filhos de Deus: aos que crêem em seu nome. Observemos que a palavra crer é a base para a compreensão deste evangelho. Podemos entender que o discípulo amado tinha a responsabilidade e a missão de levar toda a sua comunidade a crer em Jesus.
Outro ponto muito relevante sobre este livro, é que este discípulo de Cristo apresenta-nos uma comunidade excluída. Vejamos o que ele mesmo declara em Jo. 16:2 - Eles vos expulsarão das sinagogas. Ainda em Jo. 12:4 diz: Contudo, muitos dentre as próprias autoridades creram nele, mas, por causa dos fariseus, não o confessavam, para não serem expulsos da sinagoga.
A partir do momento que os discípulos da comunidade joanina confessavam Jesus como o Messias de Deus, automaticamente os tais eram expulsos da sinagoga. Por isso que ele alerta no capítulo 14:18 e 27 – “Não se turbe nem se intimide o vosso coração – não vos deixarei órfãos.”
A partir deste comentário, podemos então destacar alguns pontos acerca da proposta e relevância do livro para todos nós. Os versos 10 e 11 do texto que citamos acima nos fala de uma comunidade que rejeita o verbo de Deus. O povo não reconheceu e não recebeu o Filho de Deus, que esteve sempre presente na história de Israel e da humanidade através dos Seus profetas.
Ele nunca se ausentou do mundo, diferentemente do que afirmava Rene Decartes que Deus simplesmente deu corda neste mundo e se ausentou, se afastou, deixou o homem conduzir sua própria história. Isto é uma mentira descabida. Ele estava no mundo e continua agindo na minha vida, na sua vida e na vida de sua igreja.
Diz o início do verso 10 – “Ele estava no mundo. O mundo foi feito por ele...”
Cada existência tem o toque de Deus. Cada obra tem as digitais de Deus. Toda obra da criação neste mundo só tem um autor e este autor é Deus. Nada do que foi feito se fez. Ele estava presente agindo.
Só tem um detalhe: Este mesmo mundo composto de cristãos e não-cristãos que ele havia se manifestado não o reconheceu. O interessante que o verbo no original dá uma ênfase diferente ao que talvez você esteja acostumado a ouvir. O verbo conhecer neste texto vai mais além do que um simples conhecimento intelectual. Ele é profundo. Enquanto para o pensamento grego da época o conhecimento era puro racional, para o judeu e principalmente para o discípulo amado era preciso envolvimento.
Não podemos apenas conhecer a Deus através do conhecimento. Dar ênfase apenas ao conhecimento é viver uma vida de relacionamento com Deus “meia boca”. Jó em seu livro declara: “Antes eu te conhecia só de ouvir falar, mas agora os meus olhos te vêem”. Deus sempre nos dará oportunidades de conhecê-lo a cada dia de forma profunda. É o conhecimento acima de qualquer intelectualidade.
Deus se manifestou de forma especial na história do seu povo Israel, na lei, nos profetas. Nenhum outro povo experimentou tamanha revelação de Deus. Mas o próprio João não se detém só ao passado na rejeição de seus profetas, mas também na rejeição de Sua própria vinda em carne. Diz o prólogo de João: “O verbo se fez carne e fez morada entre nós”. Ele veio visivelmente aos seus.
Mas este povo rejeitou. Rejeitou alguém que pertencia a sua história. O verbo de Deus foi tratado com indiferença. Veio para o povo que ele mesmo havia tirado do Egito e comprado para si. “...e os seus não o receberam. Era a sua família. Mas, a sua família o rejeitou, desprezou, crucificou e o matou. Diz o apóstolo Paulo que este povo era propriedade exclusiva de Deus. Não existia mais ninguém que igualasse a este povo, que tivesse os privilégios deste povo.
Gostaríamos de finalizar esta palavra afirmando que até hoje têm muita gente desprezando e rejeitando o Filho de Deus. Gente que não tem recebido Jesus Cristo totalmente, apenas parcialmente e em vários momentos atrelado a circunstâncias extremamente difíceis.
Deus não deseja que você o receba pela metade. E, para você o receber completamente você não deve trocá-lo por nada.  Sabe por quê? Porque Deus não divide você com ninguém. Ele o quer de forma completa. Ele quer participar do teu sofrimento, mas também participar da tua vida nos momentos de bênçãos.
Se você quer gozar dos privilégios que Deus oferece para toda a humanidade, você precisa o receber e crer em Jesus Cristo o Seu Filho. E a todos que o aceitaram (completamente) Deus agraciou os tornando Seus filhos. Deus transferiu o privilegio que era só de Israel para todos nós. Ele nos tornou membros de sua família. Temos Pai, temos uma casa, temos uma família. O receba e o aceite!
Pense nisto!
Pr Valmir Vasconcelos

sábado, 11 de setembro de 2010

Que marcas nós carregamos?

"Levo no meu corpo as marcas de Cristo" (Gal. 6:17)


O apóstolo Paulo fala das marcas de Cristo que ele carrega em seu corpo, logo ele que antes era um perseguidor implacável dos cristãos, agora ele próprio é perseguido por sua nova fé.
Hoje vivemos em um mundo totalmente conturbado, onde os valores morais e éticos estão cada vez mais ausentes, como ser diferente dos demais? E nós que nos dizemos cristãos que marca carregamos?Que marcas de que fomos transformados por Jesus nós mostramos ao mundo que não O conhece? Muitas vezes nosso coração ainda está cheio de coisas que Deus abomina: Ira, rancor, ódio, soberba, intolerância, arrogância, malícia, desamor, egoísmo, são essas as marcas que nós carregamos?
Você pode e deve ser diferente do mundo no mundo, porque você está selado por Deus e não deve permitir que as coisas desse mundo lhe tirem a paz . O Senhor Jesus já nos havia prevenido sobre as aflições que sofreriam aqueles que O aceitaram: “Tenho-vos dito isto, para que em mim tenhais paz; no mundo tereis aflições, mas tende bom ânimo, eu venci o mundo” João 16.33.
Esvazie-se de si mesmo meu irmão(ã) e deixe que Deus limpe o seu coração e lhe preencha com o Espírito Santo e Ele te conduzirá a um relacionamento íntimo com Deus, você será avivado, com um avivamento verdadeiro e inquestionável, um avivamento que transforma e ajuda a transformar vidas! Só assim teremos as verdadeiras marcas de Cristo em nosso viver.

Tudo isso para a glória de Deus!

Por Walquiria de Medeiros

sexta-feira, 23 de julho de 2010

Seguindo a Cristo!

Jesus estava com seus discípulos. Após expor acerca de sua missão no mundo e da necessidade de entregar-se a própria cruz, Pedro dá um pulo e diz: Mestre não faça tal coisa, tem piedade de ti. Após repreendê-lo, disse aos seus seguidores em Mt. 16:24 e 26 – “Se alguém quer vir após mim, negue-se a si mesmo, tome a sua cruz, e siga-me; pois, quem quiser salvar a sua vida por amor de mim perdê-la-á; mas quem perder a sua vida por amor de mim, achá-la-á.” (Mt 16:24,26)

É preciso deixar bem claro que Jesus em nenhum momento obrigou ninguém a segui-lo. Seguir a Cristo é um compromisso voluntário. Ele usa a declaração: Se alguém quiser. Ele deixa em aberto para os seus discípulos. Ele não coloca a mão no “pescoço” de ninguém para segui-lo. Agora a partir do momento que essa pessoa apresenta-se para seguir a Cristo, deverá estar sujeita as regras básicas da vida cristã.

E a primeira regra básica da vida cristã é negar a si mesmo. Negar-se a si mesmo é eliminar os “eus” de sua vida. Negar-se a si mesmo é crucificar sua vontade própria e abrir espaço para Deus traçar e estabelecer definitivamente sua vontade em sua vida. Negar-se a si mesmo é permitir que Deus apenas Ele decida e influencie a sua vida.

Não podemos seguir a Cristo e sentar a mesa junto com os escarnecedores participando e bebendo da mesma fonte. Não podemos seguir a Cristo comprometendo-se de segunda a sábado com este mundo e ai quando chega no domingo nos divorciamos dela e colocamos a capa da religiosidade voltando-se para Deus a caminho de mais um culto.

Queridos irmãos - Negar-se a si mesmo é abraçar cegamente o que Deus tem pra cada um de nós e deixar que Ele imprima a sua vontade em nossas vidas. Mas, o texto não para aqui. É preciso você tomar a sua cruz.

Quando Jesus fala aos discípulos para que cada um carregasse sua cruz, estava afirmando que a cruz de cada um era uma caminhada em direção a morte. Que eles estavam sujeitos durante sua caminhada a ser rejeitado, a padecer por mais que a verdade estivesse em suas mãos.

Carregar a cruz é reconhecer sua fragilidade mas não abrir mão da caminhada dia a dia. Carregar a cruz é ser persistente, é ter a certeza que no momento oportuno você cumprirá a sua missão, por mais que em algumas ocasiões a vontade de desistir é maior do que a de continuar.

Negue-se a si mesmo – tome sua própria cruz, a sua, não a de ninguém – e após isso é seguir a Jesus. Seguir um ideal. Um ideal iniciado por Cristo. Seguir um projeto de vida que Cristo traçou para você. Seguir implica em estar disponível a todo momento para aprender com o Filho de Deus. Seguir a Cristo é uma caminhada para a maturidade cristã. Seguir a Cristo é estar disposto a fazer muitas vezes mudanças radicais em sua trajetória. É estar aberto para ajustes.

“Se alguém quer vir após mim, negue-se a si mesmo, tome a sua cruz, e siga-me; pois, quem quiser salvar a sua vida por amor de mim perdê-la-á; mas quem perder a sua vida por amor de mim, achá-la-á.” (Mt 16:24,26)

Sigamos a Cristo!

Pr Valmir Vasconcelos


quarta-feira, 7 de julho de 2010

Vasos nas Mãos de Deus

Vasos nas Mãos de Deus

Jeremias percebe algo comum na casa do oleiro. Era um episódio que se repetia todos os dias. Certamente, o que o oleiro faz ilustra verdades importantíssimas para o povo de Deus. Ele deixa claro nesta ilustração, que a partir do momento que um povo muda seu comportamento, Deus também muda sua atitude com este povo.
O oleiro como todos os dias, se deslocava para o seu lugar de trabalho e ali começava sua tarefa, escolhendo o barro e depois dando inicio a sua obra de arte. Durante o seu trabalho, poderia imprimir seu estilo, seu detalhe. Poderia dar o seu toque. Poderia dar um formato mais ousado ou optar pela simplicidade, mas, tudo com muito zelo.
Assim como o oleiro, Deus trabalha em nossas vidas de forma incansável. Ele quer dar o Seu toque. Quer mudar o nosso caráter. Quer transformar vidas em cores mais alegres e vivas. Quer ajustar algumas coisas que precisam ser ajustadas e concertadas.
Um detalhe que o texto nos fala é que o vaso não é de metal, não é tão resistente, não é tão forte. O vaso é de barro. É sensível. Requer alguns cuidados. Não pode estar tão exposto, porque senão fica muito vulnerável.
Queridos irmão isto lembra as nossas vidas. A vida precisa de um cuidado especial de Deus. Dependemos d’Ele. Disse Jesus: “Sem mim nada podeis fazer”. Talvez nos apresentamos fortes e resistentes a determinadas situações, quando na verdade por dentro estamos “jogando a toalha” e a sensação de frustração e de derrota parece ocupar todo o espaço do nosso coração. Neste caso, nós que somos seres frágeis, nos tornamos vítimas de crises, dores, solidão e das doenças da pós-modernidade que são em sua maioria quase inevitáveis. São nestes momentos que descobrimos que somos “barro”.
Se lhe estragou na mão - Pelo contexto, deveria ser uma falha na massa. Algo na massa resistiu a pressão da mão do oleiro. Já havia uma certa rejeição do próprio povo. O povo que decidiu rejeitar a Deus, adorando outros deuses, contudo, mesmo assim, o que o oleiro faz? O que o oleiro poderia fazer? Poderia optar pela desistência do barro, poderia jogá-lo fora e imediatamente lançar mão de outro barro e dar continuidade ao seu projeto, ao seu vaso. Afinal de contas o que não falta é barro, ou melhor, o que não falta são pessoas.
Mas logo em seguida, diz o texto: Tornou a fazer dele outro vaso - Deus tinha motivos para abandonar o Seu povo. Já não existia a mesma sintonia, a mesma relação de dependência e intimidade com Ele. Ele não desiste - Glória a Deus! Assim como o oleiro pegou o mesmo barro e fez um vaso. Deus queria pegar as mesmas pessoas para trabalhar e dar continuidade ao que Ele havia prometido.
Voltando as doenças da pós-modernidade, quantas pessoas desistem da vida, desistem de tentar e de dar uma oportunidade a Deus de imprimir o Seu modelo, de oferecer-lhe uma visão da vida diferente da tão desgastante e monótona que vive. Pessoas que pensam equivocadamente que a sua “massa” se estragou e que simplesmente foram abandonas e jogadas na vida para cumprirem um ciclo de tristeza, depressão e morte. Pessoas que a esperança deu lugar a desesperança. A alegria deu lugar a profunda tristeza.
Só tem um detalhe muito importante - Existe uma pré-disposição do oleiro em continuar tentando. O oleiro não desiste. Ele pega a mesma massa, recupera e continua o seu trabalho. Ele pega o vaso e o faz um vaso novo.
Queridos irmãos, Deus quer fazer o mesmo conosco! Não existe gente que se estrague nas mãos de Deus, que desande diante dos Seus cuidados. Não somos diferentes a este vaso que estava nas mãos do oleiro. Basta a cada um de nós não resistirmos a este tão grande Deus que ama e cuida de todos nós.

Pense Nisto!!

Pr Valmir Vasconcelos

segunda-feira, 17 de maio de 2010

Ser pai, ser mãe – Uma missão diária

Quando temos a felicidade de sermos pai ou mãe, inevitavelmente a alegria toma conta de cada um de nós. Este sentimento, que me perdoem os solteiros, mas, é incomparável. No entanto, este sentimento deverá passar por reflexões permanentes acerca de suas implicações e responsabilidades, questões estas que não são levadas muito a séria em nosso tempo. Tem-se a alegria, mas, poucos desenvolvem sua missão com zelo.


Ter filhos é mais do que gerar, mais do que transmitir seus genes para a posteridade. Ter filhos é entender o seu dever de pai e, isto independe das diversas transformações culturais, conceituais e até mesmo tecnológicas que podemos passar.


O texto que poderá nos orientar e que podemos considerar bastante clássico para nossa reflexão é o verso do livro de provérbios 22:6 que diz: “Ensina a criança no caminho em que deve andar, e, ainda quando for velho, não se desviará dele.”


“Ensina a criança...”


Na cultura judaica não se ensinava distante. Na cultura deles, ensinar implicava em acompanhar, estar junto, participar dos momentos de alegria, das frustrações e decepções da vida. É estar junto, é andar junto, é caminhar lado a lado.


Quando descobrimos esta verdade, a alegria cede o espaço para a tristeza ao percebermos, que muitos hoje preferem transferi esta responsabilidade. Preferem pagar alguém. Pode ser a igreja, a escola, um educador. As vezes até inconscientemente, involuntariamente. Os pais modernos, equivocadamente pensam que a forma de compensar a sua ausência é comprar um bom brinquedo, é colocar o filho numa boa escola, é dar para o seu filho tudo que ele pedir sem questionamento, é aceitar todos os caprichos como forma de suprir sua ausência. Alguns chegam a preencher toda a agenda do dia de seu filho para que o mesmo não sinta muita sua ausência.


O que estes pais desconhecem, são os males terríveis para a formação do caráter desta criança. O que os pais desconhecem, são os frutos amargos que poderão colher muito breve. O que estes pais desconhecem, é que a sua ausência não pode ser substituída por nada.


Como podemos ensinar os nossos filhos, se não estamos com ele? Como podemos ensinar valores se estamos distantes? Como podemos corrigi-los se desconhecemos os seus erros? Nossa tarefa, sem dúvida, precisa ser repensada todos os dias, afinal, ser pai é reinterpretar o mundo diariamente.


Nós nunca vamos formar o caráter dos nossos filhos distante deles. Nunca vamos consegui imprimi uma cópia melhor do que nós mesmos, distante deles. Ensinar é participar, é andar lado a lado. Seja qual for a circunstancia.


Infelizmente, existem pais que são excelentes cobradores e pouco apoiadores. São rígidos na cobrança, chegam a ser implacáveis muitas vezes, mas são ausentes na construção da formação deste filho. Falam quando o filho está errado, mas não indicam e nem participam da correção deste erro.


São bastante contundentes na critica, mas, não querem participar da historia de acertos de seu filho. Colocam um holofote quando erram e uma lamparina quando acertam e, neste caso terminam reforçando o negativo e enfraquecendo o positivo, isto sem falar que em algum momento ressuscitam erros que já foram tratados.


Ensinar a criança no caminho que deve andar é estar presente, é ser presente, não importa o preço que se precise pagar. Não interessa como, precisamos participar da vida dos filhos lado a lado. Ensinemos!!!


Pr. Valmir Vasconcelos



quinta-feira, 13 de maio de 2010

Que marcas nós carregamos?

"Levo no meu corpo as marcas de Cristo" (Gal. 6:17)

O apóstolo Paulo fala das marcas de Cristo que ele carrega em seu corpo, logo ele que antes era um perseguidor implacável dos cristãos, agora ele próprio é perseguido por sua nova fé.
Hoje vivemos em um mundo totalmente conturbado, onde os valores morais e éticos estão cada vez mais ausentes, como ser diferente dos demais? E nós que nos dizemos cristãos que marca carregamos?Que marcas de que fomos transformados por Jesus nós mostramos ao mundo que não O conhece? Muitas vezes nosso coração ainda está cheio de coisas que Deus abomina: Ira, rancor, ódio, soberba, intolerância, arrogância, malícia, desamor, egoísmo, são essas as marcas que nós carregamos?
Nós podemos e devemos ser diferentes do mundo no mundo, porque estamos selados por Deus e não devemos permitir que as coisas desse mundo nos tirem a paz . O Senhor Jesus já nos havia prevenido sobre as aflições que sofreriam aqueles que O aceitaram: “Tenho-vos dito isto, para que em mim tenhais paz; no mundo tereis aflições, mas tende bom ânimo, eu venci o mundo” João 16.33.
Esvaziemo-nos de nós mesmos meus irmãos e deixemos que Deus limpe os nossos corações e nos preencha com o Espírito Santo e Ele nos conduzirá a um relacionamento íntimo com Deus, onde seremos avivados, com um avivamento verdadeiro e inquestionável, um avivamento que transforma e ajuda a transformar vidas! Só assim teremos as verdadeiras marcas de Cristo em nosso viver.

Tudo isso para a glória de Deus!

Walquíria de Medeiros

quinta-feira, 15 de abril de 2010

O poder de cada dia

Nos últimos dias o povo brasileiro acompanhou uma tragédia que causou luto, tristeza e indignação a todas as famílias de nossa sociedade, trata-se do lamentável acidente na cidade de Niterói. Após alguns dias muitas pessoas ainda colhem os frutos do desabamento que ceifou vidas que foram vítimas de políticas públicas irresponsáveis, inconseqüentes, burocráticas e indolentes.
Diante de vários questionamentos os mais ouvidos foram: Quem são os grandes responsáveis? Quem paga por tragédias como estas? O governo, ou melhor, o desgoverno presente? As gestões passadas que não tiveram planejamento do crescimento de suas cidades? Talvez encontrar os culpados agora é o que menos importa, pois, certamente não devolverá aqueles que se foram, os sonhos que deixaram de ser realizados e a história que ficou para trás perdida por dezenas de excluídos por nossos governantes.
Mas, quando fazemos uma reflexão mais profunda podemos encontrar respostas mais visíveis, pois, se trata na verdade da briga por poder e de estratégias para continuar nele. De gestores que são, sim, bem preparados para se perpetuar no poder e, para isso trabalham de forma incansável todos os dias para alimentar uma pseudo-esperança a homens e mulheres que continuarão na miséria. Homens e mulheres que tem suas mentes estupradas por promessas de dias melhores, mas, na verdade seus problemas essenciais não são resolvidos, afinal, eles fazem parte da manutenção do poder.
Poder que se mantém como uma verdadeira loja com prateleiras repletas de “bolsas” com variedades jamais vista na história da humanidade. Leva mais quem se vende mais, quem se escraviza mais, ou seja, quanto mais filhos se têm mais a família se torna ligada e dependente do sistema que vai transformando cidadãos em verdadeiros mantenedores do poder que sai fortalecido a cada dia.
Na verdade somos vítimas de um poder repressivo, disfarçado e empurrado “goela” abaixo de forma “redonda” em que os males só poderão ser vistos numa geração bem próxima. Geração sem escola, sem saúde, sem moradia e sem perspectiva de vida. Quero encerrar esta reflexão citando uma declaração de Michel Foucault: “O que faz com que o poder se mantenha e que seja aceito é simplesmente que ele não pesa só como uma força que diz não, mas que de fato ele permeia, produz coisas, induz ao prazer, forma saber, produz discurso atravessando todo o corpo social muito mais do que uma instância negativa que tem por função reprimir”.

Valmir Vasconcelos
Pastor Igreja Batista Bíblica (Belém-Pará)

sexta-feira, 9 de abril de 2010

ERGUEI OS VOSSOS OLHOS E VEDE - Jo. 4.31-38

Jesus havia iniciado uma conversa com a mulher samaritana, enquanto os seus discípulos haviam dado um pulinho no lugar próximo para comprar comida. Todos estavam cansados e com fome.
Ao chegarem ficaram surpresos por duas situações: A primeira era o Seu mestre estar falando com uma mulher e ainda samaritana, para o contexto da época algo inaceitável e, segundo, causou muita estranheza da parte dos discípulos ter rejeitado a comida que eles haviam trazido para que todos pudessem comer.
O verso 31 nos dá um entendimento que os discípulos insistem para que o seu Mestre comesse. Diz o texto: Por favor Mestre come! Jesus come só um pouco. De uma forma insistente eles chegam a suplicar para Jesus.
No verso 32 vem a resposta de seu mestre: Uma comida tenho para comer, que vós não conheceis. No verso 34 continua: “A minha comida consiste em fazer a vontade daquele que me enviou e realizar a sua obra”. No final, Jesus os adverte dizendo: “Erguei os vossos olhos e vede os campos brancos...”
Os discípulos não conseguiram enxergar o que estava a sua frente. Não conseguiram enxergar a obra salvadora que Jesus havia iniciado em Samaria. Eles estavam preocupados com eles mesmos. Estavam preocupados com o que comer. Não conseguiam ver outra coisa senão as suas próprias necessidades.

Quando temos nossos olhos voltados para nós mesmos: deixamos de visualizar as ações de Deus.

Quando temos os olhos voltados para nos mesmos pensamos que tudo deve girar em torno de nós mesmos. Tudo precisa contemplar as nossas necessidades e expectativas. A pergunta se inverte: O homem de Deus pensa: O que posso fazer por minha igreja? O que posso fazer para que ela cresça? O que posso fazer para que os ministérios se desenvolvam? O que posso fazer para ajudar o meu pastor?
Já o homem que tem os olhos voltados para ele mesmo pensa: O que a igreja pode fazer por mim? O que o ministério infantil já tem preparado para que o meu filho comece a vir mais para a igreja? Tudo começa a girar em torno dele mesmo.
O mundo não gira em torno de suas necessidades. Tem muita gente em que o relacionamento com a igreja é o mesmo como se fosse com a escola que seu filho estuda ou a universidade em que ele estuda. Eu pago e tenho direitos.
A escola precisa ter ambientes melhores para o meu desenvolvimento. A escola precisa ter professores bem preparados para o meu crescimento intelectual. A escola deve estimular o meu filho para que consiga explorar suas diversas competências. A escola precisa ter uma área de lazer. Não coloque a igreja no mesmo nível da escola que seu filho estuda ou do curso que você estuda na universidade.
Os discípulos estavam com os seus olhos voltados para eles mesmos. Viram apenas suas necessidades.

Quando temos o olhar para nos mesmos: deixamos de ver as necessidades dos outros.

Os discípulos não conseguiram enxergar a necessidade que aquela comunidade tinha de Deus. No verso 27 chegaram a criticar o próprio Jesus por estar conversando com uma mulher. Os judeus eram assim mesmo.
Erguei os vossos olhos e vejam as necessidades das pessoas que estão a sua volta, da comunidade que precisa de Deus, do nosso bairro violento que precisa de paz que só Jesus pode oferecer. Do seu vizinho que você nunca falou de Deus pra ele. Da sua família que você se quer fez uma visita este ano. Erguei os vossos olhos – Para o doente que precisa dos seus cuidados. Para o doente que precisa de remédios. Para o faminto que precisa de pão. Para a justiça que precisa de sua voz e que muitas vezes é silenciada.

Quando temos o olhar para nós mesmos: deixamos de ver o mundo como ele realmente é.

Jesus é bastante objetivo quando usa uma brilhante ilustração. Veja o que diz o verso 35 - “Não dizeis vós que ainda há quatro meses para a ceifa? Enquanto faltavam 4 meses para a ceifa, para Jesus a colheita no Reino de Deus já estava pronta para fazer. Jesus tornou mais claro ainda quando continua o assunto no verso 38: “Eu vos enviei para ceifar o que não semeastes...”

Foi preciso Jesus falar e mostrar para eles que os campos já estavam prontos porque não conseguiam visualizar isso. Eles não tinham visão do seu mundo. Estavam alienados sobre o que estava acontecendo a sua volta. Por que? Por que tinham seus olhos voltados para eles mesmos.

Quando desconhecemos o mundo que vivemos não temos o sentido de urgência. Levamos a vida como dá e a obra de Deus como se pode.

Eu pergunto para os irmãos: Os discípulos tinham uma atitude de urgência? Não tinham. Por quê? Porque desconheciam o mundo espiritual.

Erguei os vossos olhos e vede - A Índia o segundo pais mais populoso do mundo, há cerca de 360 milhões de deuses. A proporção é um deus para cada dois habitantes. No continente africano a pobreza e a exploração são marcas deste continente. Apenas 1,2% da renda mundial procede da África. Das 40 nações mais pobres do planeta, 32 delas estão na África. Das 1800 línguas faladas no continente africano, nós só temos 107 línguas que tem hoje disponível a Palavra de Deus. Há cerca de 40 milhões de africanos que não tem sequer João 3.16 em sua língua.

Erguei os vossos olhos!

Precisamos tirar o foco de nós mesmos. Precisamos tirar um pouco a atenção de nós mesmos. Precisamos erguer nossos olhos e ver os campos brancos porque já se encontram prontos para a colheita.

Pense Nisto!!!

domingo, 4 de abril de 2010

Adoração é render-se

Render-se a alguém ou a alguma circunstância da vida aparentemente não parece uma atitude digna para um ser humano comum. A rendição, em príncipio, demonstra uma postura, convarde, praticada por alguém incapaz de resolver uma situação desfavorável. Em guerras, a rendição, de uma das partes do conflito, quase sempre é considerada uma grande humilhação para quem se submete.

Portanto, com todo este cenário, como uma atitude tão degradante pode ser benéfica para alguém? A resposta para esta pergunta está no alvo da nossa rendição. A adoração a Deus requer essencialmente um passo de rendição a Ele. Tal passo nos conduzirá a nível de relacionamento tão intenso com o nosso Senhor que produzirá consequências extraordinárias em todos os aspectos de nossa vida. Vejamos como este processo pode ser desenvolvido em nossas vidas:

Primeiro teremos que compreender que a rendição a Deus é um ato de confiança e obediência. O apóstolo Pedro demonstrou extrema obediência e confiança ao Mestre no episódio da pescaria no lago Genesaré (Lc. 5: 1-6). Existem momentos como esse em que nosso estado de rendição nos garante conforto e segurança pelo resultado que esperamos de Deus. Pedro poderia simplesmente não aceitar a proposta do mestre, visto que sua grande experiência lhe dizia que não seria possível pescar mais peixes naquele lugar.

Esta passagem de Pedro também nos ensina que a rendição nos tira do foco. Saimos de cena, e Deus assume o controle da situação. O salmista diz: Entrega o teu caminho ao Senhor, confia Nele e tudo fará. A rendição é uma prática de humildade.

Jesus no Getsemani rendeu-se completamente ao Senhor, dizendo: “... Pai, tudo Te é possível; passa de mim este cálice; contudo, não seja o que Eu quero, e sim o que Tu queres.” (Mc. 14:36). Esta passagem nos ensina uma profunda dependência de Deus. Obedecer a Deus requer de nós maturidade espiritual para entender que as circunstâncias passadas (boas ou ruins) servirão para a efetivação do propósito de Deus para a nossas vidas.

Nossa rendição também proclama a superioridade do Deus vivo, reconhecendo nossa inferioridade e nos colocando a total disposição para o seus serviços. O reconhecimento pleno da majestade e poderio do Senhor é vital para nossa relação com Ele. Somente com uma postura de submissão ao Seus mandamentos, poderemos atingir um patamar de santidade que Ele deseja.

Este ato de adoração é tão relevante que o próprio Satanás o desejou em relação a Jesus no deserto. O inimigo de nossas almas tentou o Mestre para que, Este, se rendesse aos seus pés, demonstrando sua superioridade ao Filho de Deus. Contudo, o próprio Cristo o refutou, entendendo exatamente a importância do que isso significaria ao Seu ministério. “Ao Senhor, teu Deus adorarás e somente a Ele prestarás culto” (Mt. 4:10)

Render-se a Deus não significa que seremos marionetes do Criador, que Ele a partir de então tomará as atitudes que deveríamos tomar. Pelo contrário, Ele nos capacitou com inteligência, razão e emoções, somos a obra-prima de Sua criação, para que essas capacidades fossem colocadas ao Seu serviço (Rm 12:1).

O grande escritor C.S. Lewis disse uma vez: “Quanto mais deixamos que Deus assuma o controle sobre nós, mais autênticos nos tornamos”. Esta visão nos ensina que a rendição é também um ato de sabedoria, pois somente seres dotados de sabedoria seriam capazes de concluir que somente o Criador conhece exatamente a criatura, melhor do que ela própria se conhece. Então nos rendamos ao Nosso Criador!

Luiz Leão

segunda-feira, 8 de março de 2010

Um lugar pra você!!!

Um lugar pra você!!!

Somos ensinados e incentivados desde cedo a ocupar o nosso espaço. Uns são nobres e outros são equivocados, uns são coletivos e outros bem individuais, uns são bem parecidos e outros opostos. A verdade que cada um de nós concorda que temos um lugar a ocupar.
Ás vezes somos pegos pensando em lugares tão belos e que alimentamos um dia nos deliciarmos e aproveitarmos cada detalhe que Deus através de sua criação nos proporciona. Quem nunca foi pego pensando um dia mergulhar nas águas cristalinas de Fernando de Noronha e contemplar de perto sua beleza natural? Quem de nós não alimenta desde criança estar na fantasia da Disney? Ou talvez na cidade iluminada de Paris?
Porém, apesar desses lugares parecerem ser pintados pelas mãos do próprio Deus, ainda assim, podemos discordar uns dos outros. Mas, com toda certeza somos unânimes em afirmar que sonhamos um dia em estarmos exatamente no lugar que Deus gostaria que nos estivéssemos. Diante de tudo isso, Podemos concluir afirmando: Deus tem um lugar pra você!!
Quando pensamos neste lugar, é inevitável a lembrança de um homem chamado Davi que ocupou o lugar que Deus havia preparado para ele. Contudo, para que ocupasse este lugar, alguns pontos precisaram ser considerados. Vejamos alguns:
Precisamos agradar a Deus – Não podemos pensar em ocupar este lugar, se não estamos primeiramente agradando ao Senhor. O próprio salmista Davi afirmou: Agrada-te do Senhor e ele fortalecerá o desejo do teu coração. E, ainda: Se existe em mim algum caminho mal... guia-me pelo caminho reto.
Precisamos olhar na perspectiva de Deus – Não podemos ocupar o lugar que Deus tem para nós, se não olharmos na perspectiva de Deus. Samuel ao chegar na casa de Jessé, pai de Davi, se encantou com a beleza de Eliabe e, se não fosse a intervenção de Deus ele iria causar um mal terrível a nação de Israel. Não podemos colocar os conceitos deste mundo acima da perspectiva de Deus, daquilo que Deus tem traçado para cada um de nós. Não podemos deixar que este mundo nos cegue e nos leve a deixar de olhar como Deus olha - Na sua perspectiva.
Precisamos esperar o tempo de Deus – Se realmente desejamos ocupar o lugar que Deus tem para nós, precisamos esperar o tempo de Deus. Davi nos ensina uma grande lição de paciência. Ele esperou aproximadamente 15 anos para ocupar o reinado de Israel. Foi acusado por Eliabe diante dos soldados quando recebeu uma missão de seu pai para saber como andavam seus filhos. Foi perseguido por Saul durante muito tempo e chegou a ficar numa caverna para se livrar da fúria deste rei. Em nenhum momento Davi reivindicou seu reinado, Contudo, esperou o tempo preparado por Deus. Ele mesmo declarou: Esperei com paciência no Senhor... Depois de passar por todas essas situações, foi colocado no lugar de mais destaque da época, isto é: Tornou-se o rei de uma nação que viria a ser a mais poderosa da época.
Seja qual for nossa posição hoje. Precisamos definitivamente entender que Deus tem um lugar para cada um de nós. Deus tem um lugar pra você!!!

Pr. Valmir Vasconcelos

Texto base:
1Samuel 16:1 a 13
2Samuel 5:1 a 4

quinta-feira, 21 de janeiro de 2010

Relacionamento de prontidão

Preliminarmente antes de expor um assunto tão batido, mas ao mesmo tempo tão necessário, quero lançar algumas perguntas: É possível termos relacionamentos saudáveis dentro das nossas igrejas, famílias e sociedade? Por que hoje mais que nunca os relacionamentos estão se tornando cada vez mais descartáveis?


Gostaria de levá-lo a refleti comigo sobre duas palavras que certamente nos remeterá a pensar mais sobre nossas relações interpessoais e nos dará um impulso para sermos mais diligentes quando pensarmos em descartarmos nossas amizades. E, para isso é inevitável uma outra pergunta: Seu relacionamento é marcado pela prontidão ou expectativa?

Entendamos juntos - O relacionamento marcado pela expectativa é aquele em que sempre se espera algo da pessoa que está se relacionando, seria uma espécie de troca, de contrapartida, de reciprocidade e é claro atendendo sempre as ansiedades e desejos. Nada diferente dentro de um contexto que vivemos, a saber, do jogo de interesses e de troca de favores e, neste caso a partir do momento em que os anseios não são alcançados imediatamente a relação se desestabiliza. Já o relacionamento onde tem sua base na prontidão tem seu caminho inverso, por exemplo: a relação em que é nutrida a prontidão está presente sempre o dinamismo, ou seja, ambos estão sempre trabalhando para bem servir o outro, contudo, se em algum momento não existir a reciprocidade a parte que não foi contemplada continuará trabalhando para o serviço do seu próximo sem exigência, sem cobrança e de forma incansável.

Pensemos mais além e vejamos o exemplo de vida e o fundamento em que Jesus Cristo nutria em suas relações interpessoais. Simplesmente brilhante. Relacionamento desprovido de interesse e de troca de gentilezas. A prontidão que Ele tinha no serviço as pessoas e principalmente aos seus apóstolos e em especial a Judas em que todo tempo como Deus sabia que seria o traidor é fascinante. Durante o exercício de seu ministério em três anos não se vê registrado nas Sagradas Escrituras nenhum tipo de: discriminação, indiferença e desprezo da parte de Nosso Senhor. Houve sim prontidão!! Prontidão em amar, perdoar e servir.

Certamente se Nosso Mestre cultivasse em sua relação com Judas Iscariotes e com os demais a expectativa e não a prontidão, a decepção estaria estampada em seu semblante simples e amável, fato que também não encontramos registros em Sua Palavra de tal situação.

Ergamos nossa voz e falemos: Glória a Deus que o Senhor está sempre pronto a nos ensinar e abençoar e, se erramos a decepção não terá lugar em Seu coração, mas com toda certeza terá sim um espaço do tamanho de seu amor para nos perdoar. Tenhamos um relacionamento de prontidão!!!

Pr. Valmir Vasconcelos