quarta-feira, 7 de julho de 2010

Vasos nas Mãos de Deus

Vasos nas Mãos de Deus

Jeremias percebe algo comum na casa do oleiro. Era um episódio que se repetia todos os dias. Certamente, o que o oleiro faz ilustra verdades importantíssimas para o povo de Deus. Ele deixa claro nesta ilustração, que a partir do momento que um povo muda seu comportamento, Deus também muda sua atitude com este povo.
O oleiro como todos os dias, se deslocava para o seu lugar de trabalho e ali começava sua tarefa, escolhendo o barro e depois dando inicio a sua obra de arte. Durante o seu trabalho, poderia imprimir seu estilo, seu detalhe. Poderia dar o seu toque. Poderia dar um formato mais ousado ou optar pela simplicidade, mas, tudo com muito zelo.
Assim como o oleiro, Deus trabalha em nossas vidas de forma incansável. Ele quer dar o Seu toque. Quer mudar o nosso caráter. Quer transformar vidas em cores mais alegres e vivas. Quer ajustar algumas coisas que precisam ser ajustadas e concertadas.
Um detalhe que o texto nos fala é que o vaso não é de metal, não é tão resistente, não é tão forte. O vaso é de barro. É sensível. Requer alguns cuidados. Não pode estar tão exposto, porque senão fica muito vulnerável.
Queridos irmão isto lembra as nossas vidas. A vida precisa de um cuidado especial de Deus. Dependemos d’Ele. Disse Jesus: “Sem mim nada podeis fazer”. Talvez nos apresentamos fortes e resistentes a determinadas situações, quando na verdade por dentro estamos “jogando a toalha” e a sensação de frustração e de derrota parece ocupar todo o espaço do nosso coração. Neste caso, nós que somos seres frágeis, nos tornamos vítimas de crises, dores, solidão e das doenças da pós-modernidade que são em sua maioria quase inevitáveis. São nestes momentos que descobrimos que somos “barro”.
Se lhe estragou na mão - Pelo contexto, deveria ser uma falha na massa. Algo na massa resistiu a pressão da mão do oleiro. Já havia uma certa rejeição do próprio povo. O povo que decidiu rejeitar a Deus, adorando outros deuses, contudo, mesmo assim, o que o oleiro faz? O que o oleiro poderia fazer? Poderia optar pela desistência do barro, poderia jogá-lo fora e imediatamente lançar mão de outro barro e dar continuidade ao seu projeto, ao seu vaso. Afinal de contas o que não falta é barro, ou melhor, o que não falta são pessoas.
Mas logo em seguida, diz o texto: Tornou a fazer dele outro vaso - Deus tinha motivos para abandonar o Seu povo. Já não existia a mesma sintonia, a mesma relação de dependência e intimidade com Ele. Ele não desiste - Glória a Deus! Assim como o oleiro pegou o mesmo barro e fez um vaso. Deus queria pegar as mesmas pessoas para trabalhar e dar continuidade ao que Ele havia prometido.
Voltando as doenças da pós-modernidade, quantas pessoas desistem da vida, desistem de tentar e de dar uma oportunidade a Deus de imprimir o Seu modelo, de oferecer-lhe uma visão da vida diferente da tão desgastante e monótona que vive. Pessoas que pensam equivocadamente que a sua “massa” se estragou e que simplesmente foram abandonas e jogadas na vida para cumprirem um ciclo de tristeza, depressão e morte. Pessoas que a esperança deu lugar a desesperança. A alegria deu lugar a profunda tristeza.
Só tem um detalhe muito importante - Existe uma pré-disposição do oleiro em continuar tentando. O oleiro não desiste. Ele pega a mesma massa, recupera e continua o seu trabalho. Ele pega o vaso e o faz um vaso novo.
Queridos irmãos, Deus quer fazer o mesmo conosco! Não existe gente que se estrague nas mãos de Deus, que desande diante dos Seus cuidados. Não somos diferentes a este vaso que estava nas mãos do oleiro. Basta a cada um de nós não resistirmos a este tão grande Deus que ama e cuida de todos nós.

Pense Nisto!!

Pr Valmir Vasconcelos

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