Vasos nas Mãos de Deus
Jeremias percebe algo comum na casa do oleiro. Era um episódio que se repetia todos os dias. Certamente, o que o oleiro faz ilustra verdades importantíssimas para o povo de Deus. Ele deixa claro nesta ilustração, que a partir do momento que um povo muda seu comportamento, Deus também muda sua atitude com este povo.
O oleiro como todos os dias, se deslocava para o seu lugar de trabalho e ali começava sua tarefa, escolhendo o barro e depois dando inicio a sua obra de arte. Durante o seu trabalho, poderia imprimir seu estilo, seu detalhe. Poderia dar o seu toque. Poderia dar um formato mais ousado ou optar pela simplicidade, mas, tudo com muito zelo.
Assim como o oleiro, Deus trabalha em nossas vidas de forma incansável. Ele quer dar o Seu toque. Quer mudar o nosso caráter. Quer transformar vidas em cores mais alegres e vivas. Quer ajustar algumas coisas que precisam ser ajustadas e concertadas.
Um detalhe que o texto nos fala é que o vaso não é de metal, não é tão resistente, não é tão forte. O vaso é de barro. É sensível. Requer alguns cuidados. Não pode estar tão exposto, porque senão fica muito vulnerável.
Queridos irmão isto lembra as nossas vidas. A vida precisa de um cuidado especial de Deus. Dependemos d’Ele. Disse Jesus: “Sem mim nada podeis fazer”. Talvez nos apresentamos fortes e resistentes a determinadas situações, quando na verdade por dentro estamos “jogando a toalha” e a sensação de frustração e de derrota parece ocupar todo o espaço do nosso coração. Neste caso, nós que somos seres frágeis, nos tornamos vítimas de crises, dores, solidão e das doenças da pós-modernidade que são em sua maioria quase inevitáveis. São nestes momentos que descobrimos que somos “barro”.
Se lhe estragou na mão - Pelo contexto, deveria ser uma falha na massa. Algo na massa resistiu a pressão da mão do oleiro. Já havia uma certa rejeição do próprio povo. O povo que decidiu rejeitar a Deus, adorando outros deuses, contudo, mesmo assim, o que o oleiro faz? O que o oleiro poderia fazer? Poderia optar pela desistência do barro, poderia jogá-lo fora e imediatamente lançar mão de outro barro e dar continuidade ao seu projeto, ao seu vaso. Afinal de contas o que não falta é barro, ou melhor, o que não falta são pessoas.
Mas logo em seguida, diz o texto: Tornou a fazer dele outro vaso - Deus tinha motivos para abandonar o Seu povo. Já não existia a mesma sintonia, a mesma relação de dependência e intimidade com Ele. Ele não desiste - Glória a Deus! Assim como o oleiro pegou o mesmo barro e fez um vaso. Deus queria pegar as mesmas pessoas para trabalhar e dar continuidade ao que Ele havia prometido.
Voltando as doenças da pós-modernidade, quantas pessoas desistem da vida, desistem de tentar e de dar uma oportunidade a Deus de imprimir o Seu modelo, de oferecer-lhe uma visão da vida diferente da tão desgastante e monótona que vive. Pessoas que pensam equivocadamente que a sua “massa” se estragou e que simplesmente foram abandonas e jogadas na vida para cumprirem um ciclo de tristeza, depressão e morte. Pessoas que a esperança deu lugar a desesperança. A alegria deu lugar a profunda tristeza.
Só tem um detalhe muito importante - Existe uma pré-disposição do oleiro em continuar tentando. O oleiro não desiste. Ele pega a mesma massa, recupera e continua o seu trabalho. Ele pega o vaso e o faz um vaso novo.
Queridos irmãos, Deus quer fazer o mesmo conosco! Não existe gente que se estrague nas mãos de Deus, que desande diante dos Seus cuidados. Não somos diferentes a este vaso que estava nas mãos do oleiro. Basta a cada um de nós não resistirmos a este tão grande Deus que ama e cuida de todos nós.
Pense Nisto!!
Pr Valmir Vasconcelos
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