sexta-feira, 23 de julho de 2010

Seguindo a Cristo!

Jesus estava com seus discípulos. Após expor acerca de sua missão no mundo e da necessidade de entregar-se a própria cruz, Pedro dá um pulo e diz: Mestre não faça tal coisa, tem piedade de ti. Após repreendê-lo, disse aos seus seguidores em Mt. 16:24 e 26 – “Se alguém quer vir após mim, negue-se a si mesmo, tome a sua cruz, e siga-me; pois, quem quiser salvar a sua vida por amor de mim perdê-la-á; mas quem perder a sua vida por amor de mim, achá-la-á.” (Mt 16:24,26)

É preciso deixar bem claro que Jesus em nenhum momento obrigou ninguém a segui-lo. Seguir a Cristo é um compromisso voluntário. Ele usa a declaração: Se alguém quiser. Ele deixa em aberto para os seus discípulos. Ele não coloca a mão no “pescoço” de ninguém para segui-lo. Agora a partir do momento que essa pessoa apresenta-se para seguir a Cristo, deverá estar sujeita as regras básicas da vida cristã.

E a primeira regra básica da vida cristã é negar a si mesmo. Negar-se a si mesmo é eliminar os “eus” de sua vida. Negar-se a si mesmo é crucificar sua vontade própria e abrir espaço para Deus traçar e estabelecer definitivamente sua vontade em sua vida. Negar-se a si mesmo é permitir que Deus apenas Ele decida e influencie a sua vida.

Não podemos seguir a Cristo e sentar a mesa junto com os escarnecedores participando e bebendo da mesma fonte. Não podemos seguir a Cristo comprometendo-se de segunda a sábado com este mundo e ai quando chega no domingo nos divorciamos dela e colocamos a capa da religiosidade voltando-se para Deus a caminho de mais um culto.

Queridos irmãos - Negar-se a si mesmo é abraçar cegamente o que Deus tem pra cada um de nós e deixar que Ele imprima a sua vontade em nossas vidas. Mas, o texto não para aqui. É preciso você tomar a sua cruz.

Quando Jesus fala aos discípulos para que cada um carregasse sua cruz, estava afirmando que a cruz de cada um era uma caminhada em direção a morte. Que eles estavam sujeitos durante sua caminhada a ser rejeitado, a padecer por mais que a verdade estivesse em suas mãos.

Carregar a cruz é reconhecer sua fragilidade mas não abrir mão da caminhada dia a dia. Carregar a cruz é ser persistente, é ter a certeza que no momento oportuno você cumprirá a sua missão, por mais que em algumas ocasiões a vontade de desistir é maior do que a de continuar.

Negue-se a si mesmo – tome sua própria cruz, a sua, não a de ninguém – e após isso é seguir a Jesus. Seguir um ideal. Um ideal iniciado por Cristo. Seguir um projeto de vida que Cristo traçou para você. Seguir implica em estar disponível a todo momento para aprender com o Filho de Deus. Seguir a Cristo é uma caminhada para a maturidade cristã. Seguir a Cristo é estar disposto a fazer muitas vezes mudanças radicais em sua trajetória. É estar aberto para ajustes.

“Se alguém quer vir após mim, negue-se a si mesmo, tome a sua cruz, e siga-me; pois, quem quiser salvar a sua vida por amor de mim perdê-la-á; mas quem perder a sua vida por amor de mim, achá-la-á.” (Mt 16:24,26)

Sigamos a Cristo!

Pr Valmir Vasconcelos


quarta-feira, 7 de julho de 2010

Vasos nas Mãos de Deus

Vasos nas Mãos de Deus

Jeremias percebe algo comum na casa do oleiro. Era um episódio que se repetia todos os dias. Certamente, o que o oleiro faz ilustra verdades importantíssimas para o povo de Deus. Ele deixa claro nesta ilustração, que a partir do momento que um povo muda seu comportamento, Deus também muda sua atitude com este povo.
O oleiro como todos os dias, se deslocava para o seu lugar de trabalho e ali começava sua tarefa, escolhendo o barro e depois dando inicio a sua obra de arte. Durante o seu trabalho, poderia imprimir seu estilo, seu detalhe. Poderia dar o seu toque. Poderia dar um formato mais ousado ou optar pela simplicidade, mas, tudo com muito zelo.
Assim como o oleiro, Deus trabalha em nossas vidas de forma incansável. Ele quer dar o Seu toque. Quer mudar o nosso caráter. Quer transformar vidas em cores mais alegres e vivas. Quer ajustar algumas coisas que precisam ser ajustadas e concertadas.
Um detalhe que o texto nos fala é que o vaso não é de metal, não é tão resistente, não é tão forte. O vaso é de barro. É sensível. Requer alguns cuidados. Não pode estar tão exposto, porque senão fica muito vulnerável.
Queridos irmão isto lembra as nossas vidas. A vida precisa de um cuidado especial de Deus. Dependemos d’Ele. Disse Jesus: “Sem mim nada podeis fazer”. Talvez nos apresentamos fortes e resistentes a determinadas situações, quando na verdade por dentro estamos “jogando a toalha” e a sensação de frustração e de derrota parece ocupar todo o espaço do nosso coração. Neste caso, nós que somos seres frágeis, nos tornamos vítimas de crises, dores, solidão e das doenças da pós-modernidade que são em sua maioria quase inevitáveis. São nestes momentos que descobrimos que somos “barro”.
Se lhe estragou na mão - Pelo contexto, deveria ser uma falha na massa. Algo na massa resistiu a pressão da mão do oleiro. Já havia uma certa rejeição do próprio povo. O povo que decidiu rejeitar a Deus, adorando outros deuses, contudo, mesmo assim, o que o oleiro faz? O que o oleiro poderia fazer? Poderia optar pela desistência do barro, poderia jogá-lo fora e imediatamente lançar mão de outro barro e dar continuidade ao seu projeto, ao seu vaso. Afinal de contas o que não falta é barro, ou melhor, o que não falta são pessoas.
Mas logo em seguida, diz o texto: Tornou a fazer dele outro vaso - Deus tinha motivos para abandonar o Seu povo. Já não existia a mesma sintonia, a mesma relação de dependência e intimidade com Ele. Ele não desiste - Glória a Deus! Assim como o oleiro pegou o mesmo barro e fez um vaso. Deus queria pegar as mesmas pessoas para trabalhar e dar continuidade ao que Ele havia prometido.
Voltando as doenças da pós-modernidade, quantas pessoas desistem da vida, desistem de tentar e de dar uma oportunidade a Deus de imprimir o Seu modelo, de oferecer-lhe uma visão da vida diferente da tão desgastante e monótona que vive. Pessoas que pensam equivocadamente que a sua “massa” se estragou e que simplesmente foram abandonas e jogadas na vida para cumprirem um ciclo de tristeza, depressão e morte. Pessoas que a esperança deu lugar a desesperança. A alegria deu lugar a profunda tristeza.
Só tem um detalhe muito importante - Existe uma pré-disposição do oleiro em continuar tentando. O oleiro não desiste. Ele pega a mesma massa, recupera e continua o seu trabalho. Ele pega o vaso e o faz um vaso novo.
Queridos irmãos, Deus quer fazer o mesmo conosco! Não existe gente que se estrague nas mãos de Deus, que desande diante dos Seus cuidados. Não somos diferentes a este vaso que estava nas mãos do oleiro. Basta a cada um de nós não resistirmos a este tão grande Deus que ama e cuida de todos nós.

Pense Nisto!!

Pr Valmir Vasconcelos