Preliminarmente antes de expor um assunto tão batido, mas ao mesmo tempo tão necessário, quero lançar algumas perguntas: É possível termos relacionamentos saudáveis dentro das nossas igrejas, famílias e sociedade? Por que hoje mais que nunca os relacionamentos estão se tornando cada vez mais descartáveis?
Gostaria de levá-lo a refleti comigo sobre duas palavras que certamente nos remeterá a pensar mais sobre nossas relações interpessoais e nos dará um impulso para sermos mais diligentes quando pensarmos em descartarmos nossas amizades. E, para isso é inevitável uma outra pergunta: Seu relacionamento é marcado pela prontidão ou expectativa?
Entendamos juntos - O relacionamento marcado pela expectativa é aquele em que sempre se espera algo da pessoa que está se relacionando, seria uma espécie de troca, de contrapartida, de reciprocidade e é claro atendendo sempre as ansiedades e desejos. Nada diferente dentro de um contexto que vivemos, a saber, do jogo de interesses e de troca de favores e, neste caso a partir do momento em que os anseios não são alcançados imediatamente a relação se desestabiliza. Já o relacionamento onde tem sua base na prontidão tem seu caminho inverso, por exemplo: a relação em que é nutrida a prontidão está presente sempre o dinamismo, ou seja, ambos estão sempre trabalhando para bem servir o outro, contudo, se em algum momento não existir a reciprocidade a parte que não foi contemplada continuará trabalhando para o serviço do seu próximo sem exigência, sem cobrança e de forma incansável.
Pensemos mais além e vejamos o exemplo de vida e o fundamento em que Jesus Cristo nutria em suas relações interpessoais. Simplesmente brilhante. Relacionamento desprovido de interesse e de troca de gentilezas. A prontidão que Ele tinha no serviço as pessoas e principalmente aos seus apóstolos e em especial a Judas em que todo tempo como Deus sabia que seria o traidor é fascinante. Durante o exercício de seu ministério em três anos não se vê registrado nas Sagradas Escrituras nenhum tipo de: discriminação, indiferença e desprezo da parte de Nosso Senhor. Houve sim prontidão!! Prontidão em amar, perdoar e servir.
Certamente se Nosso Mestre cultivasse em sua relação com Judas Iscariotes e com os demais a expectativa e não a prontidão, a decepção estaria estampada em seu semblante simples e amável, fato que também não encontramos registros em Sua Palavra de tal situação.
Ergamos nossa voz e falemos: Glória a Deus que o Senhor está sempre pronto a nos ensinar e abençoar e, se erramos a decepção não terá lugar em Seu coração, mas com toda certeza terá sim um espaço do tamanho de seu amor para nos perdoar. Tenhamos um relacionamento de prontidão!!!
Pr. Valmir Vasconcelos